A pandemia da COVID-19 durou muito mais que todos esperavam. Isso causou impactos diretos na perícia judicial assim como em todos e qualquer segmento do mercado. Com o passar do tempo e a percepção de que o vírus não iria embora tão fácil, o mercado começou a se adaptar com meios de proteção e novos sistemas de trabalhos, até então desconhecidos por muitos.
No segmento da perícia judicial não foi diferente, no início, vários juízes nos pediram para não realizar as perícias locais (vistorias) que já estavam designadas. Por um período, essas perícias, que já estavam com os honorários depositados e prontas para serem realizadas, ficaram paralisadas, mas foi necessário adaptação para seu andamento, tendo em vista o grande volume de processos que dependem de perícia. Não basta apenas sua paralização, precisou-se de novas estratégias para realização das demandas.
Uma das estratégias utilizadas por nós e por vários outros peritos judiciais, foi a realização de perícias híbridas, ou seja, a realização de vídeo conferência entre as partes interessadas e assistentes técnicos para início da diligência, nestas reuniões, com data e hora previamente determinada no processo pelo perito judicial, se discute basicamente tudo o que seria discutido e apurado no local, com a única diferença na forma de realização, virtualizadas.
Posteriormente, caso necessário, fazíamos a diligência no local, com menos participantes, evitando então a aglomeração. Tendo em vista que não são raros os casos em que compareçam a diligência local 5, 10 e até mais pessoas – muitas vezes desnecessárias.
Esta forma de realização da diligência pericial foi aceita pelos magistrados e, tem grande tendência de que se perpetue na rotina pericial.
Lembrando que a vídeo conferência com os assistentes técnicos e partes interessadas não substitui a necessidade da diligência local, principalmente em demandas de engenharia e relacionadas à saúde. Outro fato que merece uma ressalva para que não haja impugnação posteriormente é: grave a reunião.
Todos os segmentos tiveram que passar por mudanças para uma melhor adaptação desse novo contexto mundial, e não da pra correr contra a maré, é preciso seguir no mesmo ritmo das novidades da nossa profissão.
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